Paulo Stocker

(Fonte: Blog "Boca a Penas") http://www.bocaapenas.com/2015/06/oito-perguntas-penas-com-paulo-stocker.html 

Paulo Stocker é artista plástico, cartunista e muralista. Catarinense, natural de Brusque, ele é hoje uma das maiores referências artísticas da Rua Augusta — lugar que fica na região central de São Paulo frequentado por inúmeros trendsetters da América Latina e local que escolheu para morar com sua esposa e filha— e também do Brasil. 

Como todo artista, Stocker é uma criança que nunca parou de desenhar. Já são mais de 30 anos de carreira. Em suas inúmeras obras criou os cartuns, muitas vezes com uma pitada de erotismo, do site Stockadas; deu vida, junto com o publicitário Eduardo Rodrigues, ao personagem Tulípio, que está presente em dezenas dos principais bares do Rio de Janeiro e de São Paulo através do Cineboteco e da Revista do Tulípio; 

Criou a reconhecida série Gambiarra, que aplica traços orgânicos e máquinas multicoloridas; e sua principal obra é o personagem Clóvis, presente em seus quadros e murais de rua. 

Clóvis possui um prestígio público enorme e é considerado pelo cartunista britânico Karl Dixon, do Diary of a Cartoonist and Writer, como um personagem genial pela simplicidade e singularidade de seus traços e formas de usar seus quadros. A forma com que Stocker usa os quadros do Clóvis é uma referência para artistas do mundo inteiro.

[Adolfo Martins]

(Fonte: Blog "Boca a Penas") http://www.bocaapenas.com/2015/06/oito-perguntas-penas-com-paulo-stocker.html 

 Confira uma entrevista de Paulo Stocker, concedida para o blog "Aspas & Vírgulas", ACESSANDO AQUI !!

Minha convivência com o Paulo Stocker:

(Por: Aldo Maes dos Anjos, autor da Revista CARTUM)

Conheci o Paulo Stocker em 1989. Na época eu tinha 14 anos e trabalhava na Tipografia Brusque, ao lado do Hotel Queiroz. Alguns amigos da gráfica começaram a elogiar meus desenhos e caricaturas e foi então que abriu um curso de Histórias em Quadrinhos, naquela instituição que oferecia cursos diversos (se não me engano era o CEIB), e ficava ao lado da atual Mega Motos, no centro de Brusque. 

O Paulo já era um quadrinista reconhecido e publicava charges no Jornal "O Município", o qual eu acompanhava já há muitos anos. Nessa época, eu resolvi que queria ser quadrinista. Alguns colegas da gráfica apoiaram a ideia, como o Eduardo Cavichioli, o falecido Juba e o Supla. O seu Teodoro achou que era loucura e que não ia dar em nada, e o Sr Valter Wanka da guilhiotina profetizou que a tecnologia ia superar os artistas (chegou perto, mas acho que isso não vai acontecer). Mas criei coragem e me inscrevi no curso.

Poucos inscritos, se não me engano, além de mim estava o Alexandre Mafra da prefeitura (in memoriam), o multimídias Oli Rodrigues e mais uma menina que não me lembro o nome. Mas foi um grande prazer conhecer estas pessoas e partilhar do talento deles, muito superior ao meu. Meu traço ainda era bem insignificante (melhorou um pouco de lá pra cá),

e foi uma grande honra ter feito este curso com o professor Stocker. Grande figura, brincalhão e atencioso, me apresentou as bases da história em quadrinhos, balões, onomatopéias, perspectiva, etc.

Depois disso ele foi pra São Paulo, onde consolidou sua carreira de ilustrador e perdemos o contato. Mas ainda hoje me lembro daquela emblemática e cativante figura cabeluda de trinta e poucos anos atrás, que me apresentou o seu vasto conhecimento e teve a paciência de analisar cada traço que eu fazia, deixando dicas preciosas.

Gratidão pelo tempo de aprendizado, Mestre Stocker!